O ministro das Cidades, Marcio Fortes destacou nesta quarta-feira (29/9), no programa Bom Dia, Ministro, que as campanhas de trânsito no Brasil vão passar a dar prioridade à segurança dos pedestres e ganhar mais uniformidade, para conscientizar os brasileiros.

Nós fazemos campanha para todos os entes que participam do trânsito e o pedestre é integrante, uma vez que o comportamento inadequado dele pode ocasionar acidentes. Se ele atravessa fora da faixa de segurança, ele corre riscos. Vale lembrar também à questão do álcool no trânsito – um pedestre alcoolizado é um grande risco para todos. A Lei Seca vale para todo mundo, inclusive para o pedestre, o ciclista e o motociclista. O pedestre é prioritário, mas o pedestre também tem que se adequar à legislação.

Uma das propostas defendidas pelo ministro das Cidades foi a campanha da faixa de segurança, que já está funcionando com bastante eficiência no Distrito Federal e que deve ser replicada em todo o Brasil.

É importante ver também que há algumas coisas que devem ser adequadas. Em Brasília, por exemplo, está consagrado o uso da faixa de pedestres. Depois de muita campanha, a faixa é ultra respeitada por todos. Mas no Brasil todo não é assim. Nós vamos procurar fazer nas próximas campanhas a universalização desse comportamento.

O ministro Fortes criticou durante o programa a suspensão de multas para o transporte de crianças em carros sem dispositivos de segurança em Salvador, por conta de decisão da Superintendência de Trânsito e Transporte da cidade, alegando que as cadeirinhas estão em falta nas lojas. Ele lembrou, entretanto, que houve um período de dois anos para adaptação à lei, mas que a preocupação com o dispositivo só surgiu agora, quando a fiscalização começou a valer.

Enquanto não doeu no bolso, as pessoas não compraram. A partir do momento em que surgiu a fiscalização, todos começaram a comprar.

A campanha nacional de trânsito tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da utilização da cadeirinha para o transporte de crianças e do uso do cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo, inclusive no banco traseiro. Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o uso da cadeirinha reduz o risco de morte de bebês em 70% e de crianças pequenas entre 54% e 80%, no caso de colisão. Já o uso do cinto de segurança pelo motorista e passageiro no banco dianteiro reduz o risco de morte em torno de 40% a 50%. No banco de trás, esse risco é reduzido em até 75%.

Questionado sobre o déficit habitacional nas pequenas cidades e interior do país, Marcio Fortes afirmou que o Minha Casa, Minha Vida não está concentrado nas capitais ou regiões metropolitanas e que há previsões para todas as cidades, já que o programa considerou o déficit habitacional por região, por estado e por município.

“Com isso nós temos que estimular para que localmente as prefeituras trabalhem no sentido de fazer doação de terrenos, baixar impostos como, por exemplo, o IPTU e o ITBI e também fazer com que haja atratividade para os empresários”, concluiu.