Instituto Lula

Doe agora
10/12/2010

O Brasil entrou numa roda fantástica de crescimento

    Presidente Lula acena para populares ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner, na cerimônia que marcou o início das obras da ferrovia Oeste-Leste. Foto: Ricardo Stuckert/PR

    A ferrovia de Integração Oeste-Leste começa a sair do papel. Um sonho antigo – dos idos de 1790 – teve o início das obras autorizado, nesta sexta-feira (10/12), pelo presidente Lula. Para isso, foi montada infraestrutura no município de Ilhéus para a realização da cerimônia que permitiu o ponta-pé do início da operação em quatro lotes da malha férrea que vai ligar o sul da Bahia a Figueirópolis, no estado de Tocantins. No auge das obras haverá a geração de 10 mil empregos diretos e outros 30 mil postos de trabalho indiretos. No discurso, o presidente Lula destacou:

    “O Brasil entrou numa roda fantástica de crescimento.”

    Lula iniciou o discurso explicando que não poderia concluir o seu mandato na Presidência da República sem realizar o ato que marca o início das obras da ferrovia. Ele disse que durante décadas muitas pessoas duvidavam que o projeto da Oeste-Leste tornasse realidade. Ele lembrou de outros empreendimentos – como a ferrovia Norte-Sul – que durante muito tempo permaneceram em segundo plano dos governantes. Por sua vez, lamentou que parte da malha férrea existente no Brasil chegou a ser leiloada para grupos econômicos e alguns destes ramais se deterioraram.

    Ouça abaixo a íntegra do discurso do presidente Lula

     


    Na avaliação do presidente Lula, prevalecia o investimento nas rodovias e o abandono das ferrovias. Segundo ele, os governantes que antecederam não pensaram em investir em rodovias, ferrovias e hidrovias para assegurar a melhor qualidade do sistema de transporte do país. Lula recordou que o movimento contrário às ferrovias teve início com maior força na década de 1960, quando as montadoras passaram a investir no Brasil e por isso a necessidade de ampliar as estradas.

    “Ou seja o Brasil não sabia trabalhar com dois objetivos ao mesmo tempo. Ora decidia se queria fazer rodovia, ora ferrovia. Nunca se pensou que seria melhor ter rodovia, ferrovia e hidrovia para facilitar os meios de transportes.”

    Na mesma época, segundo ele, o país sequer sabia a importância de crescer sem inflação, ao mesmo tempo conjugar o crescimento das exportações que em 2010 devem alcançar o volume de cerca de US$ 200 bilhões. Lula lembrou que a única tentativa de atrapalhar a expansão da economia nacional foi a crise econômica iniciada no último trimestre de 2008, nos Estados Unidos. Mais uma vez, o presidente lembrou as providências adotadas para incentivar o consumo e permitir que o país fosse o último a entrar na crise e o primeiro a sair dela.

    “Só tivemos uma queda da indústria automibilistica por precaução exagerada”, lembrou Lula ao explicar que as fábricas receberam orientação das matrizes para pisar no breque.

    O presidente informou que no auge da crise o governo lançou o programa Minha Casa, Minha Vida, um incentivo para o setor de construção civil, dentre outras medidas. Depois, retornou às obras da Oeste-Leste com foco nas dificuldades que o govenro teve em obter a licença ambiental. Agora, segundo destacou, o governo vai trabalhar numa outra frente, ou seja, a liberação para as obras do novo Porto de Ilhéus. Isso deve ser anunciado em março de 2011 pela presidente eleita Dilma Rousseff.

    Ainda no pronunciamento, Lula destacou o relacionamento dado pelo governo aos prefeitos e governadores. Contou também sobre o volume de crédito disponível para investimentos, bem como os dados do PIB divulgado na última quinta-feira pelo IBGE. Segundo o instituto, o total de riquezas do Brasil deve apresentar um crescimento da ordem de 7.5%. O presidente ainda falou dos programas de microcrédito e Luz para todos, bem como o fato de governo ter passado a credor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Após o ato em Ilhéus, Lula seguiu para Salvador (BA), onde à noite comparece à cerimônia de formatura programa Todos pela Alfabetização (Topa) 2009/2010. Além disso, haverá homenagem multicultural ao presidente Lula em evento que ocorre no Centro Administrativo da Bahia. Da capital baiana, Lula retorna para Brasília.