Instituto Lula

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14/10/2010

Desenvolvimento sustentável no Xingu servirá de exemplo às próximas gerações

    São projetos como o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu que farão com que as próximas gerações entendam que é possível crescer, se desenvolver e gerar riquezas e inclusão social sem destruir o meio ambiente, afirmou o presidente Lula durante o lançamento do programa nesta quinta-feira (14/10) em Belém (PA).

    Quando a gente fala em desenvolvimento sustentável, alguns pensam que sustentabilidade é proibir a existência de atividade econômica, mas não é. Sustentabilidade é pensar em como utilizar o potencial que a natureza oferece para a gente tirar parte do sustento das pessoas, para fazer crescer a população.

    O presidente reafirmou que, mais do que apenas correr atrás de quem explora madeira ilegalmente na região, é preciso dar oportunidades para que as comunidades locais tenham outras fontes de renda:

    É terminantemente proibido fazer corte ilegal de madeira onde é proibido fazer corte ilegal de madeira. Mas o governo tem que trabalhar para que a gente possa financiar alternativas produtivas aos estados e para que a gente possa dar condições dignas para as pessoas que moram nessas regiões. Temos a obrigação de proibir, mas também de oferecer oportunidades para as pessoas sobreviverem dignamente, para que as pessoas possam viver de forma legal. Essa é a única chance de a gente conseguir ter sucesso na preservação da nossa querida Amazônia.

    Lula lembrou aos presentes que o desmatamento em agosto foi o menor em décadas e que, com isso, o governo cumpre o que foi prometido na reunião sobre clima em Copenhague (a COP 15) em termos de redução na destruição da floresta. “Nós podemos dizer que entregamos o resultado prometido antes do prazo, porque nós fizemos o dever de casa”, disse ele.

    Ouça a íntegra do discurso do presidente:

     

    O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável da região, com a união das políticas públicas dos três níveis de governo, incentivando as atividades econômicas com ordenamento territorial e fundiário e investimentos em infraestrutura. Algumas ações estruturantes já foram definidas para o cumprimento do PDRS: ordenamento territorial (Zoneamento Ecológico-Econômico do Oeste do Pará – já concluído), regularização fundiária (Programa Terra Legal), gestão ambiental (consolidação das unidades de conservação criadas entre 2006 e 2008 e licenciamento ambiental para assentamento do Incra na Transamazônica), melhorias na infraestrutura energética (Usina Hidrelétrica de Belo Monte e Linha de Transmissão Tucuruí – Belo Monte – Macapá – Manaus), melhorias na infraestrutura de transportes (pavimentação da rodovia BR-230), melhorias na infraestrutura social (água e esgoto para a população de Altamira e Vitória de Xingu e ampliação de atendimento aos outros oito municípios), direitos dos povos indígenas (regularização de terras) e incentivo às atividades produtivas sustentáveis.

    A Região de Integração do Xingu compreende dez municípios do estado do Pará (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu) e possui uma extensão territorial de 250,8 km². A população do Xingu é de 336.222 habitantes e sua economia é baseada nas produções agrícola (cacau, milho, arroz, mandioca e banana), pecuária (bovina, de corte e leiteira), pesqueira e extrativista vegetal (castanha e açaí).