Instituto Lula

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16/12/2010

Nunca antes: energia de sobra para crescer e se desenvolver

    Um País, a exemplo das pessoas, precisa de muita energia para crescer. É com ela que podemos ter o desenvolvimento da indústria, aumento na geração de empregos, promoção da inclusão social, melhoria de vida das pessoas mais pobres e crescimento de regiões que sempre foram colocadas em segundo plano, como o Nordeste. Uma coisa puxa a outra: com o crescimento do País, mais investimentos são direcionados à área de infraestrutura, o que implica necessariamente mais recursos para obras do setor energético – construção de hidrelétricas, termelétricas, gasodutos e desenvolvimento de novas tecnologias (biocombustíveis, por exemplo). E o melhor de tudo: com o menor impacto possível ao meio ambiente.

    Nunca antes na histórica essa combinação energia/desenvolvimento/meio ambiente funcionou tão bem. O resultado são as altas taxas de crescimento do País, o ciclo virtuoso de desenvolvimento que todas as regiões brasileira experimentam nos últimos anos e uma proteção ambiental invejada e replicada pelos quatro cantos do planeta. O quarto post da nossa série especial “Nunca Antes…” explica detalhes de como isso foi planejado e executado.

    Conheça as páginas especiais do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre Energia Elétrica, Planejamento e Desenvolvimento Energético e Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, que trazem mais informações sobre os respectivos assuntos.

    A grande mudança no setor energético brasileiro foi resultado de uma revolução conceitual. Não se pensa mais em expansão da produco sem antes ampliar investimentos em qualificação de mão de obra. Não se investe em novas fontes sem antes incentivar o consumo consciente. Temos que produzir mais com menos energia. E a geração dessa energia tem que ser mais limpa. O caminho vem sendo trilhado. Em 2002, as fontes renováveis representavam 41,5% de nossa matriz energética – hoje atingem 45,8%. Isso reduz a emissão de gases do efeito estufa – que agrava o aquecimento global – e coloca o Brasil na vanguarda da defesa ambiental. Para se ter uma ideia, a média de fontes renováveis na matriz energética mundial era de 13% em 2008. Nos países desenvolvidos, apenas 7%. Ou seja: estamos caminhando rumo ao desenvolvimento com muito mais respeito ao meio ambiente do que os mais desenvolvidos jamais tiveram.

    Nossa matriz energética é mais verde do que a dos outros por ter forte presença da energia hidráulica. O Brasil é privilegiado pela quantidade de rios que tem e temvem mostrando competência para usar esse recurso natural em benefício de seu povo. Atualmente, as três maiores hidrelétricas em construção no mundo estão no Brasil – Jirau, Santo Antônio e Belo Monte -, o que deve aumentar em 16% a produção de energia no País. Juntas, representam ainda a abertura de quase 50 mil novos empregos diretos e investimentos de mais de R$ 40 bilhões.

    Mas o País também tem desenvolvido pesquisas para produzir energia por meio de outras fontes renováveis, como o bagaço da cana e o etanol, o biodiesel e a geração eólica. A produção de etanol, por exemplo, cresceu 138% entre de 2002 e 2010. A geração eólica, que de 2002 a 2004 ficou em 61 GWh por ano, deve se aproximar de 2 mil GWh em 2010. Já a produção de biodiesel, que teve início em 2005, com o montante de 69 mil m³; deve chegar a 2,4 milhões m³ em 2010, já representando cerca de 5% da mistura com diesel de petróleo. Hoje, possuímos 55 usinas de biodiesel instaladas, com capacidade produtiva de 5,2 bilhões de litros/ano, e nos tornamos o terceiro maior produtor no mercado mundial de biodiesel, atrás somente da Alemanha e França. Com isso, o Brasil já deixou de importar mais de 5 bilhões de litros de diesel, o que equivale a um ganho na balança comercial da ordem de US$ 3 bilhões – sem falar na redução de emissões de gases do efeito estufa.

    Outra fonte que vem ganhando destaque na matriz energética brasileira é o gás natural, que hoje conta com uma lei específica (ver aqui). Para garantir o seu melhor uso, o governo investiu pesado na infraestrutura necessária para o seu transporte pelo País. A expansão dos gasodutos brasileiros chegou a 62%, totalizando mais de 9 mil quilômetros até o final de 2010. Com isso, será possível substituir as usinas termelétricas a óleo pelas de gás natural, que são mais eficientes e menos poluidoras. Somente no mês passado, o presidente Lula inaugurou, simultaneamente, três usinas desse tipo em Manaus (AM) e já estão em construção as usinas termelétricas de Porto do Pecém (CE), do Atlântico (RJ) e de Candiota III (RS).

    Com toda esta energia, o Brasil projeta-se para as próximas décadas como sendo o país que mais se expandiu num dos setores mais dinâmicos da economia mundial. Colocando na ponta do lápis, nossa energia atingiu patamares “nunca antes” vistos. Nos últimos oito anos, o Brasil teve uma expansão da oferta de energia elétrica da ordem de 293 mil megawatts instalados, representados por 12,5 gigawatts (GW) de usinas hidrelétricas, 13,57 GW de usinas termoelétricas, 2,4 GW de pequenas centrais hidrelétricas e 840 MW de usinas eólicas. O sistema de transporte de energia elétrica alcançou a extensão de 98.306 km. Entre 2003 e novembro de 2010, foram construídos no Brasil 22.679 km de linhas de transmissão, com incremento de aproximadamente 30% sobre o sistema já existente. Resultado: saltamos de uma produção anual de 385.826 Gwh, em 2002, para 501.930 Gwh, em 2010.

    Como se vê, o Brasil tem energia de sobra para crescer e se desenvolver como precisa e quer.