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20/10/2010

Não é por falta de energia que a Mitsubishi não produzirá carro elétrico no Brasil

    A Mitsubishi não tem previsão para produzir ou vender o seu carro elétrico MiEV no Brasil, mas não será por falta de energia, afirmou o presidente Lula ao ser apresentado ao veículo no Palácio do Planalto, lembrando que ontem mesmo inaugurou uma hidrelétrica em Catalão (GO), cidade onde a empresa tem sua fábrica no País. “O Brasil é quase invencível nessa disputa”, disse. O MiEV vem sendo produzido no Japão e três mil unidades do modelo foram exportadas para a França em setembro. A partir do ano que vem será comercializado nos Estados Unidos. O MiEV estará em exposição, na próxima semana, no Salão Internacional do Automóvel, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

    O presidente da Mitsubishi no Brasil, Eduardo Souza Ramos, informou a Lula que o grupo investirá R$ 1,1 bilhão, nos próximos cinco anos, para ampliar e modernizar a fábrica no município de Catalão (GO). Lula gostou do carro – “é muito silencioso” – mas preferiu não dirigir, porque estava sem a carteira de habilitação, brincou.

    “É muito bom. É muito silecioso”, disse o presidente Lula ao batalhão de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Ele afirmou não assimiu a direção do carro porque estava sem a carteira de habilitação.

    O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que acompanhou a visita dos executivos da montadora ao presidente Lula, enfatizou a importância do volume de recursos a serem investidos no Brasil, bem como a geração de novos postos de trabalho. Serão oferecidos mais 1,2 mil novos empregos. A área da fábrica será ampliada em um terço. A produção passará de 50 mil unidades para 100 mil carros por ano.

    Durante o evento, o presidente Lula conversou com jornalistas, lembrando que o País vive um de seus melhores momentos e que por isso agradece à montadora japonesa por investir ainda mais. “A Mitshubishi está de parabéns. Agradecemos os investimentos que geram mais salários e renda e mais consumidores”, disse ele.

    Em diversos momentos, Lula mostrou confiança nas políticas adotadas pelo governo que permitiram, por exemplo, o enfrentamento da crise econômica. Segundo ele, os ministros têm total liberdade de propor quaisquer medidas que façam frente às demandas atuais no mercado interno. Um exemplo, disse, é a valorização do real frente ao dólar. O presidente entende que a queda da moeda norte-americana ocorre em diversos mercados.

    “Vamos discutir isso na reunião do G-20″, afirmou.